As esperanças do tênis americano no Aberto da França: um vislumbre da jornada de Ben Shelton

“Chegando nesta temporada de saibro, minha mentalidade definitivamente mudou. Eu costumava abordá-lo com um pouco de pavor, mas desta vez, me vi genuinamente animado para entrar em quadra”, reflete Tommy Paul, capturando um sentimento há muito compartilhado pelos jogadores americanos em relação às superfícies de saibro. Esta mudança de atitude é significativa dada a luta histórica que os americanos enfrentaram na terra vermelha de Roland Garros, sem nenhum americano levantando a Coupe des Mousquetaires desde Andre Agassi em 1999. No entanto, com Ben Shelton, de 22 anos, fazendo ondas nesta temporada, a narrativa pode estar começando a mudar.
Este ano assistiu-se a uma notável presença norte-americana em Roland Garros, com oito norte-americanos a avançarem para a segunda ronda, a contagem mais elevada desde 2020. Entre eles estavam cabeças de chave como Tommy Paul, Frances Tiafoe e Sebastian Korda, além de qualifiers e wild cards, mostrando uma profundidade no tênis masculino americano que vem se construindo ao longo dos anos. Apesar de algumas saídas precoces, a conquista de três americanos chegando à quarta rodada pela primeira vez desde 1995 evidenciou os progressos que estão sendo feitos.
Depois de derrotar o italiano Matteo Gigante, Ben Shelton compartilhou seus pensamentos sobre os desafios que os jogadores americanos enfrentam no saibro e a importância de ter um bom desempenho em Roland Garros. “Estamos todos bastante entusiasmados, sabendo muito bem que este é um torneio de superfície e onde, historicamente, não nos saímos bem. Ir bem aqui significaria muito em termos do respeito que exigiria”, afirmou Shelton. Suas palavras ecoam um sentimento maior entre os jogadores americanos sobre a importância de causar impacto em um evento tão prestigiado.
Shelton também comentou sobre a presença e desempenho de jogadores americanos no torneio, sugerindo uma crescente influência e interesse em casa. Ele destacou o forte desempenho dos jogadores americanos no saibro, apesar de reconhecer a forte posição da Itália com os melhores jogadores e um profundo banco de talentos. As recentes vitórias de Shelton, incluindo uma dura partida de cinco sets na rodada de abertura, ressaltam o espírito competitivo e o progresso dos homens americanos em competições de quadras de saibro.
Tendo avançado para a segunda semana do Aberto da França, Shelton refletiu sobre a conquista e os próximos desafios. “A sensação é diferente desta vez, tendo chegado à segunda semana. Este é um novo marco para mim no Aberto da França, e traz muita emoção e motivação”, disse ele, olhando para sua próxima partida contra o atual campeão, Carlos Alcaraz. Este confronto representa não apenas um teste pessoal para Shelton, mas também uma oportunidade de estabelecer ainda mais a presença americana e a competitividade no saibro.
Enquanto Ben Shelton continua sua jornada em Roland Garros, seu desempenho e o de seus compatriotas simbolizam um sonho americano renovado no saibro. Enfrentando uma competição acirrada e abrindo novos caminhos, o caminho de Shelton incorpora as aspirações e desafios do tênis americano no cenário mundial.